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    terça-feira, 30 de outubro de 2012

    A verdadeira história dos contos de fadas

    Como destruiu minha infância, vou destruir a dos outros também sem dó:

    Quando falamos em Contos de Fadas, o que vem em nossa mente? Tudo começa com "Era uma vez" e termina com "E foram felizes para sempre". 
    Essas historinhas fizeram parte da infância de muita gente, nos trazendo lições de coragem, amor e amizade. Havia sempre uma princesa, que sofria nas mãos de uma madrasta má, porém, ela era salva por um belo príncipe, que matava o vilão e vivia feliz para sempre com sua amada. Daí crescemos, acreditamos nessas baboseiras e nos fodemos de verde amarelo porque isso só acontece, SÓ ACONTECE em conto de fadas.
    MAS, e se eu disser que até os contos de fadas estavam mentindo? :( que a vida não é bela nem nas histórinhas? Cinderela não era tão inocente e a Chapeuzinho Vermelho, nem tão santinha. Isso mesmo, muitos dos mais populares contos infantis, como Branca de Neve e Chapeuzinho Vermelho, tiveram seus primeiros relatos ainda na Idade Média e eram banhados em sangue, sexo e violência, bem diferente daquelas lindas e românticas adaptações feitas pela Disney. Conheça os casos sinistros das versões originais - e nada infantis dos mais populares contos de fada!


     Chapeuzinho Vermelho

    Numa versão francesa da história, após interrogar Chapeuzinho na floresta e pegar um atalho para a casa da vovó, o lobo mata e esquarteja a velhinha sem dó. A coisa piora quando o vilão, já fingindo ser a vovó, oferece a carne e o sangue da vítima, como se fosse vinho, para matar a fome da netinha - que come e bebe com gosto!

    Após encher o bucho e praticar canibalismo sem saber, Chapeuzinho ainda tira a roupa e joga no fogo, a pedido do lobão! O clima, porém, não é nada infantil, com a garota perguntando o que fazer com a roupa a cada peça tirada. O lobo só tinha uma resposta: "Jogue no fogo, minha criança. Você não vai mais precisar disso...". 

    Ao se deitar ao lado do lobo, já totalmente nua, Chapeuzinho começa a reparar no físico do vilão, como se desconfiasse de algo. Admirada, a menina começa a exclamar: "como você é peluda, vovó", "que ombros largos você tem" e "que bocão você tem", entre outros elogios à anatomia do bichão...

    Agora vamos aos finais:

    FINAL FELIZ

    Ao fim da versão francesa, Chapeuzinho, sentindo-se ameaçada, pede para ir ao banheiro (que naquele tempo, ficava do lado de fora da casa). O lobo, nojentão, insiste para que ela faça xixi na cama mesmo - urg! -, mas acaba deixando a menina sair. Esperta, Chapeuzinho aproveita o vacilo do vilão e escapa.

    FINAL SANGRENTO

    O francês Charles Perrault foi o primeiro a pôr muitos contos de fadas no papel, no século 17. Ele tornou o final da história mais sangrento - com o lobo jantando a mocinha - e introduziu a famosa moral da história, dizendo que "crianças não devem falar com estranhos para não virar comida de lobo".

    FINAL AMENIZADO

    No século 19, os irmãos alemães Jacob e Wilhelm Grimm - famosos compiladores de contos que até então só eram transmitidos oralmente -, inventaram a figura do caçador. No fim da história, ele aparece e salva a pele de Chapeuzinho e da vovó, abrindo a barriga do lobo com um facão.



    Bela Adormecida

    Ao mexer num tear, uma farpa entra sob a unha de Tália, provocando sono imediato - maldição prevista desde sua infância. Desconsolado, o pai abandona a casa, largando a filha adormecida sozinha.

    Numa caçada, o príncipe, que já era casado, avista Tália e se encanta por ela e, antes de partir, transa com a moça apagada! Ela ainda engravida de gêmeos. Um dia eles nasceram e, ao tentar mamar, um deles chupa o dedo da mãe e retira a farpa, despertando-a.

    Ao voltar para mais uma de suas "visitas", o príncipe, que não era assim tão "encantado",  se depara com a bela não mais adormecida e com dois filhos. Ele passa, então, a esticar as caçadas para manter a vida dupla. A esposa desconfia e põe um espião na cola do marido.

    O príncipe esconde as crianças e abre o jogo com Bela - que a esposa do príncipe estava a fim de devorar. Ao ouvir o choro das crianças, a mulher do príncipe descobre o engodo e resolve devorar todo mundo. 

    Furiosa com o marido por assumir Bela como esposa, a ex do príncipe aproveita a sua ausência e ordena ao cozinheiro que faça para ela um rango com a carne dos filhos de Tália. Mas no último instante, o príncipe aparece e a bruxa de sua ex mulher se assusta e cai dentro do caldeirão fervente que estava pronto para cozinhar as crianças.

    Agora a vilã é a mãe do rei. A sogra de Bela, uma ogra (é este mesmo o feminino de ogro?) faminta por crianças! Não à toa, o rei não conta nada à megera sobre seus netinhos. Mas em outra versão a ogra come os netos e a nora, o príncipe, ao perceber que estava viúvo, mata a própria mãe e FIM! Belo final, não?



    Cinderela :((((((((((((

    Na versão de Giambattista Basile, chamada A Gata Borralheira, Cinderela une forças com outra empregada para matar a madrasta. Um dia, quando a megera pega roupas num baú, a moça lhe fecha a tampa na cabeça. 
    Os irmãos Grimm botam mais sangue no miolo da história. Quando o príncipe visita as casas para identificar o pé de sua amada, as irmãs malvadas de Cinderela se mutilam, cortando dedos e calcanhares para fazer seu pé caber no sapato e enganar o príncipe. Mas ela são desmascaradas pelos pássaros amigos da Cinderela, que mostram ao príncipe o sangue escorrendo pelo sapato, e depois, como vingança, arrancam os olhos das duas irmãs e da madrasta, que terminam suas vidas cegas e mancas. 
    Branca de Neve

    Na primeira versão dos Grimm, de 1810, é a própria mãe, e não a madrasta da Branca de Neve que pira no espelho querendo ser a mais bela do reino. Invejosa por perder o posto, planeja dar um sumiço na filhinha de apenas 7 anos. 

    A rainha manda um caçador matar Branca de Neve na floresta, trazendo o fígado e um pulmão como prova do serviço. Ele engana a rainha com carne de javali, que a mãe come achando ser da filha.

    Após ter o plano frustrado, a rainha é condenada, no meio da festa de casamento de Branca com o príncipe. Como pena, a ex-poderosa tem que dançar até a morte calçando sapatos de ferro em brasa!
     A Pequena Sereia

    No original, a Bruxa do Mar corta a língua de Ariel, que perde a voz. Além disso, a sereia tem a cauda rasgada em duas para conseguir ter pernas e conquistar o coração do seu amado príncipe humano. Apesar de ter conseguido as pernas, ela iria sentir como se estivesse andando sobre facas afiadíssimas, o que lhe causava terríveis dores a cada passo.

    Na insistência para que Ariel voltasse a ser sereia, suas irmãs invejosas chegam a arrancar os cabelos - literalmente! O objetivo era oferecer as madeixas para que a bruxa do mar rompesse o encanto. A bruxa, traindo Ariel, assim fez. 

    Ariel volta a ser sereia e o príncipe a abandona, trocando-a por outra. As suas irmãs aparecem com uma faca de prata que a Bruxa do Mar lhes deu em troca dos seus longos cabelos. Se a Pequena Sereia esfaquear o príncipe com a faca e deixar o sangue dele cair sob os seus pés, ela iria voltar a ser uma sereia e o seu sofrimento iria acabar, mas Ariel não teve coragem para esfaquea-lo e decidi se matar, atirando-se no mar e dissolvendo-se em espuma.
    João e Maria
    Com a família assombrada pela fome, a mãe instiga o marido a levar os filhos para a floresta. A ideia é largá-los por lá, ficando com menos bocas para alimentar em casa. O pai hesita, mas acaba cedendo. 

    Só que João e Maria ouvem a tramoia dos pais e espalham migalhas pela estrada, conseguindo voltar para casa. Mas eles se perdem, pois os pássaros comem as migalhas de pão que marcavam o caminho.

    Na mata, os pequenos acham uma casa toda feita de comida. A bruxa já lambia os beiços pensando em jantar as crianças. Ela manda Maria  ajudar João a entrar dentro do caldeirão fervente, mas Maria finge não conseguir e a bruxa vai mostrar como se faz, Maria aproveita e empurra a vilã para o caldeirão, mata a megera, e os dois ainda saqueiam a casa antes de sair!
     Os Três Porquinhos
    Na história verdadeira os dois primeiros rabicós não conseguem fugir depois de ter a casa destruída e são engolidos pelo lobo. Só que o lobo não consegue enganar o terceiro porquinho e nem derrubar a casa dele. Irado, acaba se enfiando na chaminé, o porquinho percebe e põe um caldeirão fervente na lareira, onde o lobo acaba caindo e vira a janta do porco.
     Tirando a dos 3 porquinhos (que eu já sabia), as outras cortaram meu coração :( só a Disney pra transformar essa carnificina em magia né? rs.



    @nati_nina


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    @nati_nina

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